Secretaria de Estado de Economia

A chegada dos servidores do Governo do Distrito Federal ao trabalho nesta quarta-feira (13), Anexo do Palácio do Buriti, foi diferente: pela 7ª vez, desde 2023, eles foram recebidos por cães e gatos - entre filhotes e adultos de pequeno porte. Todos aptos para a adoção. Ao lado, expositores com brinquedos e acessórios variados, arranhadores e comedouros. O evento ocorre das 9h às 16h e se encerra nesta quinta-feira (14).

Foto: Vinícius de Melo/Ascom-Seec
 

A mudança de rotina da passarela de acesso à portaria norte do edifício foi promovida pela Secretaria de Economia (Seec), por meio da Secretaria Executiva de Valorização e Qualidade de Vida (Sequali), em parceria com instituições de proteção animal. E o resultado da Feira Pet já contabiliza um resultado positivo. Além da adoção de alguns animais, os organizadores da feira comemoram a oportunidade de conscienti­zar um grande número de formadores de opinião para a importância de evitar e, se possível, acabar com o grande número de abandono (e os maus-tratos) de animais.

A Secretaria Extraordinária de Proteção Animal (Sepan) lembra que existam, segundo dados da Confederação Brasileira de Proteção Animal (CBPA), entre 1,5 milhão e 1,7 milhão de cães e gatos abandonados nas ruas do Distrito Federal. Para colaborar com a diminuição desse número de pets abandonados, a Sepan criou o Programa de Castração, que ajuda os interessados em todo o DF a esterilizar os seus animais de forma gratuita.

Nos dois dias da Feira Pet, os servidores e frequentadores do espaço tiveram contato com os cães e os gatos disponíveis para adoção, receberam informações sobre cuidados, vacinas e alimentação apropriada para cada idade do pet - e aprenderam mais sobre a importância da adoção responsável.

O secretário-executivo de Valorização e Qualidade de Vida (Sequali), Epitácio Júnior (foto abaixo), visitou a feira e logo pegou uma cadelinha para protegê-la do frio. Ele contou que tem cinco cães em casa e que só não iria adotar mais um por falta de espaço. Mas elogiou o evento. “Ele promove o elo dos servidores com a adoção e com o apadrinhamento responsável dos animais que são resgatados”, destaca.

| Foto: Kelvia Tiba Rodrigues/Sequali/Seec

A médica veterinária Ana Paula Pinhata, representante do Instituto Cultural do Bem-Estar Animal (ICBEM), e uma das doadoras de cães na Feira Pet, vai na mesma linha do chefe da Sequali, Epitácio Júnior.  “A castração é o meio mais importante para reduzir o abandono e os maus-tratos”, ressalta. Hoje, o ICBEM tem mais de 100 animais sob cuidado de suas equipes de voluntários.

Para ela, o grande gargalo que inibe o crescimento do número de adoções é o excessivo trabalho que o animal dá e o custo do depois da adoção. Por isso, ela observa uma mudança no perfil dos animais abandonados. “Antes, eram os vira-latas que lideravam a lista de descartados. Hoje, são encontrados na rua muitos animais de raça como shih tzu, husky e pitbull. 

| Foto: Kelvia Tiba Rodrigues/Sequali/Seec

Ele escolhe o dono - A máxima de que o cão é que escolhe o seu dono parece ser uma verdade quando animais são expostos em eventos de doação e adoção. A servidora da Subsecretaria de Progra­mas e Projetos Estratégicos da Secretaria de Economia, Henriette Fortes (foto acima), era só alegria com uma cadela filhote aconchegada nos braços. “Foi essa cachorrinha linda que me escolheu”, contou. “Ela veio para o meu colo e não quis me soltar mais. Então, vai comigo pra casa”. O nome do animalzinho é o filho, de 18 anos, que vai escolher.

A colaboradora do ICBEM Fabiana Santana, que tem 12 cães sob seus cuidados em casa, já havia resgatado a mãe dos cinco filhotes que trouxe para a Feira Pet. Por isso, comemorou muito a adoção pela funcionária do GDF.  Assim que entregou a cachorrinha filhote para a servidora Henriette Fortes e fez as recomendações sobre vacinas e ração, sentiu-se com o dever cumprido. “Afinal, um dos pressupostos do ICBEM é dar preferência para que o pet vá para uma família, não para um abrigo”.